Sapatos que fizeram história
Evocando a feminilidade dos anos 50, a Lady Dragon, uma Melissa assinada pela estilista inglesa Vivienne Westwood, é um dos destaques do livro, no qual aparece como responsável por disseminar uma "anglomania" pelo sapato de plástico. Assimétrico e de aparência fluida, o modelo desenhado pela badalada arquiteta iraquiana Zaha Hadid é o mais atual da Melissa e descrito na publicação como "introdutor de dinamismo no design de calçados". "Estamos orgulhosos", diz Paulo Pedó, gerente da operação da marca pertencente à empresa Grendene. "Prova que a colaboração com grandes designers deu certo." O plástico permite criar formas inusitadas, sem emendas, o que levou a Melissa a ser identificada como um conceito inovador e versátil. A presença na publicação é um presente para a marca, que está completando 30 anos, já foi exportada para mais de 80 países e desenvolveu cerca de 500 modelos diferentes. Hoje, os preços variam de R$ 60 a R$ 500.
A sandália Havaianas também deixou de ser um objeto sem graça para se transformar em acessório de moda. No livro, é definida como "o sapato ideal para explorar a abundância da borracha no Brasil dos anos 60". No passado, quem viajava para o Exterior divulgava o calçado, que virava presente para estrangeiros. Atualmente, é uma expressão da brasilidade, conhecida em 80 países via exportação e com preços de R$ 8 a R$ 250. "O conforto, a durabilidade, a facilidade para secar e limpar, junto com um ar de sensualidade, fazem da Havaianas um sucesso", diz Rui Porto, consultor de comunicação e mídia da Alpargatas, detentora da marca. Para a consultora de moda Manu Carvalho, a presença das grifes na obra é também "um reconhecimento da nossa imagem no momento positivo que o País vive". Outro destaque é a plataforma que o designer italiano Salvatore Ferragamo idealizou para Carmen Miranda, em 1939.
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