Rede de devaneios e emoções
Capa // Páginas dos mais variados assuntos atraem a mulherada de idades e perfis distintos
Se por um lado elas gostam de conversar e de manter relacionamentos amorosos e de amizade pela internet, por outro a rede também serve para falar sobre devaneios, descarregar emoções do dia a dia, gerar movimentos sociais e até descobrir ou ampliar hobbies. São páginas sobre os mais variados assuntos, jogos eletrônicos voltados para elas e listas de e-mails com temas femininos. "A web serve como distração e fonte de informação sobre o que gosto", conta a jornalista Mariana Araújo, 28 anos, que trabalha com mídias sociais numa grande agência de publicidade pernambucana e é autora do blog Mania de Sapatos (http://maniadesapatos.blogspot.com), para garotas apaixonadas por moda para os pés.
"Sempre consultava os sites das lojas de grandes marcas para consumo próprio e, como eu sabia que este era um assunto corriqueiro entre as mulheres, decidi começar a fazer o meu próprio diário sobre o assunto. É uma maneira de pesquisar, dividir minhas opiniões, favoráveis ou não, e de me manter atualizada sobre as tendências.Não sou uma patricinha que anda com malas e malas cheias de sapatos, só uma pessoa que gosta do assunto", explica ela, que tem entre 70 e 80 pares em sua coleção pessoal, contabiliza cerca de 2 mil acessos por mês, mantém contato com algumas leitoras e ainda faz outros dois blogs, um deles chamado Finos e fofos (http://finosefofos.blogspot.com), um tipo de coluna social às avessas sobre seus amigos de profissão.
Já a mestra em antropologia Júlia Morim, 30, fez mais do que manter um blog na rede de computadores. Depois de ter o primeiro filho e se interessar pelo parto humanizado, ela entrou para o grupo Parto do Princípio (www.partodoprincipio.com.br), virou ativista e começou a orientar mulheres de todo o país sobre o assunto. "A gente articula e discute muita coisa pela web, desde mulheres que só nos conhecem virtualmente, até outras que acabam vindo para as reuniões presenciais. No fim, a rede facilita e permite encontrar diversas pessoas", conta ela, que é mãe de Maria, 4 anos, e de Vicente, 7 meses.
Nos últimos anos, elas crescem também em eventos e profissões relacionadas à tecnologia. Na terceira edição da Campus Party Brasil, maior encontro sobre internet no país, realizado em São Paulo em janeiro deste ano, as mulheres representaram 25% dos inscritos - bem mais do que nos anos anteriores, quando os homens dominavam o espaço completamente. Da mesma forma, apesar de ainda serem minoria nas graduações, elas aos poucos ganham espaço também neste mercado - na primeira turma de sistemas de informação do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn/UFPE), curso que terá início no segundo semestre, dos 25 alunos matriculados, três são mulheres (12%).
Diversão - Vistos por muito tempo como uma brincadeira para homens, as jovens e adultas também estão gostando mais de jogos eletrônicos. De acordo com um estudo da Sophia Mind, empresa focada em pesquisa do consumo feminino, mais de 45% das internautas entrevistadas dizem acessar games virtuais com frequência. Apesar de gastarem menos tempo online do que os homens, cerca de três horas por semana, elas mostram que este é um mercado em ascensão.
A estudante de direito Laura Kitty, 25, faz parte de um grupo de garotas que não quer saber apenas de sites de maquiagem, mas de diversão que envolve tiros, carros e outros temas vistos antes exclusivamente como masculinos. "É mais raro ver mulheres que gostam de videogame, mas dá para conhecer algumas pessoas pela internet. Já fui mais viciada, chegando a passar oito horas por dia num videogame, mas hoje estou mais light, gastando este tempo por semana", diz ela, finalizando: "Além de ser um lazer, como é jogar bola ou ir ao cinema para outras pessoas, é uma válvula de escape para me desestressar". (T.M.)
Mariana Araújo, 28 anos, adora sapatos e, claro, foi bater na web com seu assunto predileto Foto: Juliana Leitao/DP/D.A Press |
Já a mestra em antropologia Júlia Morim, 30, fez mais do que manter um blog na rede de computadores. Depois de ter o primeiro filho e se interessar pelo parto humanizado, ela entrou para o grupo Parto do Princípio (www.partodoprincipio.com.br), virou ativista e começou a orientar mulheres de todo o país sobre o assunto. "A gente articula e discute muita coisa pela web, desde mulheres que só nos conhecem virtualmente, até outras que acabam vindo para as reuniões presenciais. No fim, a rede facilita e permite encontrar diversas pessoas", conta ela, que é mãe de Maria, 4 anos, e de Vicente, 7 meses.
Já a estudante de direito Laura Kitty não quer saber apenas de sites de maquiagem, mas também de games Foto: Inês Campelo/DP/D.A Press |
Diversão - Vistos por muito tempo como uma brincadeira para homens, as jovens e adultas também estão gostando mais de jogos eletrônicos. De acordo com um estudo da Sophia Mind, empresa focada em pesquisa do consumo feminino, mais de 45% das internautas entrevistadas dizem acessar games virtuais com frequência. Apesar de gastarem menos tempo online do que os homens, cerca de três horas por semana, elas mostram que este é um mercado em ascensão.
A estudante de direito Laura Kitty, 25, faz parte de um grupo de garotas que não quer saber apenas de sites de maquiagem, mas de diversão que envolve tiros, carros e outros temas vistos antes exclusivamente como masculinos. "É mais raro ver mulheres que gostam de videogame, mas dá para conhecer algumas pessoas pela internet. Já fui mais viciada, chegando a passar oito horas por dia num videogame, mas hoje estou mais light, gastando este tempo por semana", diz ela, finalizando: "Além de ser um lazer, como é jogar bola ou ir ao cinema para outras pessoas, é uma válvula de escape para me desestressar". (T.M.)
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