quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Uma relação de amor e ódio



Vi esse post no Blog Casa Saudável, da colega Cinthya Leite e resolvi trazer o assunto para cá. Amamos sapatos e, quase que automaticamente, seus saltos. Mas é preciso ter cuidado. 

Uma pesquisa feita no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (instituição ligada à USP) comprovou a relação de salto alto com varizes. Eles podem dar origem a varizes e outras doenças venosas como vasinhos, flebites e até tromboses. O estudo foi feito com 30 mulheres entre 20 e 35 anos. Para a investigação, elas usaram salto de 3,5 cm, salto agulha de 7 cm e salto plataforma de 7 cm. E também foram avaliadas descalças.

No site da Agência USP de Notícias, o médico Wagner Tedeschi Filho, autor da pesquisa, diz que o uso do salto alto impede que o tornozelo trabalhe em seu ângulo ideal. Isso limita a articulação e leva a um encurtamento do curso de trabalho da panturrilha.

“A panturrilha não contraindo de forma ideal acaba por bombear mal o sangue. Dessa forma, há uma queda na fração de ejeção de sangue. Ou seja, sobra mais sangue na perna, o chamado volume residual venoso”, afirma Tedeschi Filho, que completa: “Esse resíduo pode provocar hipertensão venosa nos membros inferiores, dando origem a varizes e outras doenças venosas”.

Apesar de ser um charme, o salto pode nos causar alguns problemas. E sérios. O ideal é usá-los com moderação. E isso inclui até o salto plataforma, que apresentou uma tendência a ser ainda mais nocivo que o salto agulha, segundo a pesquisa. Vale ainda lembrar que, quanto maior o tempo de uso do salto, maior a exposição a esse fator prejudicial.

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